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Familia das cordas - Violoncelo

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safirazul
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Familia das cordas - Violoncelo

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Mensagem por safirazul »

O violoncelo, também conhecido como cello, é o segundo maior instrumento musical da família dos instrumentos de corda. Possui quatro cordas e se diferencia dos outros instrumentos pelo tamanho grande, fazendo com que tenha que se apoiar ao chão por meio do espigão, uma haste de metal em sua extremidade.

A primeira citação sobre o violoncelo foi numa coleção de sonatas italianas anônimas, datada de 1665. Seu antecendente é a viola de gamba, ou viola-de-perna. Tornou-se popular como instrumento solista nos séculos XVII e XVIII.

A característica padrão do instrumento foi estabelecida por Stradivarius, em 1680. A partir dos "Concertos Espirituais", de Boccherini, o violoncelo passou a ser tratado como solista, e não somente como um instrumento para compor o naipe de cordas.

Para tocá-lo, o músico deve estar sentado, com o instrumento entre os joelhos. As quatro cordas são afinadas em Dó, Sol, Ré e Lá, como na viola, mas uma oitava mais grave. As composições para violoncelo são escritas fundamentalmente em clave de Fá na quarta linha. O alcance do violoncelo é de duas oitavas abaixo do dó médio(Dó1).

Sua sonoridade é considerada bastante expressiva, sendo conhecido como o "rei" dos instrumentos de cordas. Entretanto, seu uso está mais presente na música erudita. As grandes orquestras utilizam entre oito e doze instrumentistas de violoncelo no naipe.

* Obras significativas:

» Com Orquestra:
  • Ludwig van Beethoven: Sinfonia Nº 5 (terceiro movimento)
  • Johannes Brahms: Concerto para piano e orquestra Nº 2 (terceiro movimento)
Richard Strauss: Don Quixote[/list]

» Como Solista:
  • Ludwig van Beethoven: Concerto triplo (para violino, violoncelo e piano)
  • Antonio Vivaldi: dezenas de concertos
  • Luigi Boccherini: doze concertos
  • Robert Schumann: um concerto para violoncelo e orquestra
  • Camille Saint-Saëns: dois concertos
  • Antonín Dvořák: um concerto para violoncelo e orquestra
  • Johann Sebastian Bach: Seis suites para violoncelo solo e três sonatas para violoncelo e cravo
  • Aleh Ferreira: Quatro suites para violoncelo solo
  • Edward Elgar: Concerto para violoncelo em Em - op 85

* Interpretes de destaque:

» Jacqueline Mary du Pré

A violoncelista inglesa Jacqueline du Pré tinha um desempenho brilhante e raro, aclamada por sua habilidade técnica, a profundidade e a paixão de suas interpretações. Tinha o melhor desempenho conhecido tocando concertos para cello, especialmente o Concerto para Cello em E menor de Edward Elgar.

Sua carreira foi curta e trágica, na idade 28 anos começou a apresentar sintomas de esclerose múltipla. Jacqueline du Pré nasceu em Oxford, Inglaterra, em 26 de janeiro de 1945. Sua mãe era professora de piano. Du Pré ouviu pela primeira vez e perguntou por um cello quando tinha quatro anos de idade, começou a tocar com cinco, entrando na escola de Cello em Londres quando tinha seis, e deu o primeiro concerto com sete anos de idade. Estudou com William Pleeth, com 10, e continuou a estudar com ele depois que entrou na escola de Guildhall de música.

Quando completou 11, ganhou o primeiro prêmio internacional de cello de Suggia, mesmo que a competição estivesse aberta aos concorrentes maiores de 21. Du Pré continuou a ganhar prêmios durante todos os seus anos de escola, incluindo em cima da graduação de Guildhall, em 1960, a medalha de ouro da escola. O reconhecimento profissional de du Pré veio em 1961 quando tocou no Salão Wigmore, em Londres, em um cello raro dado a ela por um doador anônimo - um Stradivarius de 1672.

Sua intensidade e virtuosidade impetuosas atraíram a atenção imediata, e levantou-se logo ao ápice de sua profissão, viajando por toda Europa e América do Norte. Após diversos anos muito ocupados, viajou a Moscou em 1966 para estudar com o renomado violoncelista e maestro Mstislav Rostropovich.

Em 1967, du Pré casou com o pianista e maestro Daniel Barenboim, e os dois executavam e gravavam juntos freqüentemente. Em 1971, no topo de sua carreira, du Pré começou apresentar dificuldade ao tocar e, às vezes, era incapaz de sentir seus dedos. Fez exames e, durante um ano, parou de se apresentar.

Em 1973, fora diagnosticado esclerose múltipla e du Pré teve que aposentar-se. Impossibilitada de tocar, começou a ensinar e trabalhou em nome da pesquisa da esclerose múltipla. Foi eleita cellista oficial da ordem do império britânico em 1976. Jacqueline du Pré morreu no dia 19 de outubro de 1987, em Londres.

A irmã e o irmão de Du Pré, Hilary e Cais du Pré, fizeram um livro sobre a vida de Jacqueline chamado Um gênio na família (1997; publicado nos Estados Unidos como Hilary e Jackie). Um filme baseado no livro Hilary e Jackie foi lançado em 1998. A violoncelista Elizabeth Wilson escreveu um método escola.

» Yo-Yo Ma

Nasceu na França numa família de forte influência musical. Sua mãe, Marina Lu, era cantora, e seu pai, Hiao-Tsiun Ma, era maestro e compositor. Ma começou estudando violino e depois viola, antes de se interessar pelo violoncelo. Sua família se mudou para Nova York quando ele tinha sete anos de idade.

Ma era uma criança prodígio, tendo aparecido na televisão norte-americanda com oito anos de idade, em um concerto conduzido por Leonard Bernstein. Ele entrou para a Juilliard School, e passou um semestre estudando na Universidade de Columbia antes de se matricular na Universidade de Harvard, mas se questionava sobre se valeria a pena continuar a estudar até que, nos anos 70, o estilo de Pablo Casals o inspirou.

Mesmo assim, antes de tudo isto, Ma já possuia uma fama bastante estável e havia tocado com as melhores orquestras. Suas gravações e interpretações das Suites para violoncelo solo de Johann Sebastian Bach são particularmente aclamadas.

Atualmente toca com o Silk Road Ensemble, que visa juntar músicos de vários lugares do mundo de países pelos quais passava a histórica Rota da Seda. Gravam pelo selo Sony Classical.

Seu instrumento principal de performance é o Petúnia, feito por Domenico Montagnana em Veneza em 1733. O qual foi esquecido no banco traseiro de um taxi em Nova York. Mais tarde reencontrado ileso. Outro de seus violoncelos, é Stradivarius Davidov, que era tocado anteriormente por Jacqueline du Pré e foi deixado para Yo-Yo após sua morte. Du Pré já havia expressado sua frustração com a impredictabilidade daquele violoncelo, enquanto Ma associa isto ao estilo passional de du Pré ao tocar e diz que esse cello necessita ser coagido por seu intrumentista. Até pouco tempo atrás esse cello era utilizado apenas para a performance de música barroca. Ele também possui um violoncelo de fibra de carbono, criado por Luis & Clark.

Ma foi citado como o "o mais onívoro de todos os cellistas" pela crítica e de fato possui um repertorio muito mais eclético do que é esperado para um instrumentista clássico. Já se apresentou e gravou música barroca em instrumentos da época, música tradicional, incluindo a trilha sonora do filme O tigre e o dragão. Sem falar em Tangos argentinos de Astor Piazzola, música brasileira, e a partitura minimalista de Philip Glass para Naqoyqatsi. Além, é claro, de várias gravações de repertório clássico. Seu último CD As of 2006 é o resultado da colaboração com vários outros músicos para a trilha sonora do filme Memórias de uma Gueixa".

Yo-Yo Ma se mostrou muitas vezes aberto a outras formas musicais, como o jazz e o tango. Além disso, também esteve aberto a músicas tradicionais e primitivas, quando toca com membros do povo das savanas do Kalahari na África.


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