Dragão cai com estrondo em Vila do Conde (1-3)
Surpresa? Só para quem não teve oportunidade de assistir uma primeira parte que, podemos dizer, foi perfeita para o Rio Ave. Personalizada, consistente, organizada e eficaz. Quase tudo correu bem à equipa de Luís Freire que conseguiu impressionantes três golos nos primeiros 45 minutos. A fórmula do sucesso esteve assente em dois nomes: Aziz, que bisou e foi um quebra-cabeças para a defesa portista, e Pedro Amaral que também marcou e assistiu.
O primeiro, num excelente lance de entendimento de Costinha e Fábio Ronaldo, com este último a isolar Aziz, o segundo num excelente lance no corredor direito protagonizado por Aziz, que cruzou de forma perfeita para o segundo poste onde apareceu Pedro Amaral e o terceiro, de cabeça, por Aziz, a corresponder a cruzamento de Pedro Amaral.
A história da primeira parte foi quase toda com episódios do Rio Ave perante um FC Porto preso de movimentos, sem espaço e sem ideias. Adivinhava-se uma reação energética no segundo tempo. E ela aconteceu logo nos primeiros minutos. Mas não era a noite do FC Porto e de Taremi que haveria de desperdiçar uma grande penalidade (62’) que poderia voltar a colocar o FC Porto no jogo.
Nem as entradas ao intervalo de Toni Martinez, Galeno e Veron deram o impulso para os golos. Apesar do maior domínio territorial, as emoções passaram a tomar conta da equipa dos dragões que não escondia a ansiedade por cada passe errado ou remate mal direcionado. O Rio Ave, de resto, também soube jogar com isso na perfeição e, sempre de forma tranquila e organizada, foi gerindo o tempo com mestria e uma preciosa vantagem. Só Toni Martinez, já nos descontos, evitou uma derrota mais pesada, apesar de um lance, pouco depois, de Otávio, a enviar uma bola no ferro que podia dar ainda mais emoção nos últimos segundos… Jogo fechado em Vila do Conde com uma das grandes surpresas da ronda.
A Bola
